quarta-feira, 16 de julho de 2014

Viva la Vida


Elesabia. Seu andar despretensioso e seu sorriso cínico podia enganar todos, mas ele sabia. Ele era culpado e não dava a mínima para isso. Ele o fez por puro prazer. Ele não tinha motivo para se arrepender. Ele era uma pessoa feliz.
Não podia confiar em pessoas que gostavam de mim. Eu já sabia o que podia se esperar de mim. Não fui colocado neste mundo exatamente para trilhar os ensinamentos de Cristo, sempre achei. Queria poder ser um ateu mais convicto, ou quem sabe um religioso com mais fé. Mas continuava acordando todos os dias de manhã sem saber se agradecia a Deus por mais um dia ou se lamentava de não ter tido alguma forma de morte silenciosa enquanto dormia. Não quero ser dramático, mas a convencionalidade melancólica de minha vida me incomodava. Eu simplesmente não conseguia entender como as pessoas conseguiam ser tão felizes com esta vida de merda que vivem.
Não odiava a vida, pelo contrário, olha tudo o que se pode fazer dela... e que não fazia! Faltava fazer algo. Minha vida era um desperdício. Mas tudo pode mudar de uma hora para outra para quem tem sorte, fortuna. Você só sabe quem é de fato quando começa a viver. Alguns – a maioria certamentemorrem antes. Mas um meteoro atingiu a mediocridade de minha vida colocando fogo no gelo do cotidiano. Eu tinha um trabalho burocrático num escritório de um grande prédio no centro da capital. Eu era muito bom no que fazia e isso era o suficiente para que eu continuasse fazendo. Eu me sentia seguro e infeliz, portanto, era bem sucedido.
Meu trabalho ocupava boa parte de minha vida, uma calculada rotina. Eu tinha vida social (é estranho que não se tenha nenhuma vida social e, portanto, é seguro manter um mínimo de contato com as pessoas), embora não ousasse me aventurar em relacionamentos pelo perigo que representavam. Eu tinha medo demais para abrir mão do que já tinha em nome de algo tão incerto quanto o amor. De qualquer forma eu não tinha muito jeito com as mulheres e nunca tive chance com as mulheres pelas quais realmente senti algo (ou as que eu realmente queria comer, pelo perdão da sinceridade). Um pouco constrangedor falar de mulheres para mim, na verdade. Freud diria que minha vida sexual/amorosa era a principal raiz de minha frustração e, talvez, no fundo, ele estaria certo. Não quero, no entanto, transformar isso em lamentações pseudo-psicanalistas de mesa de bar, mas confesso que citar Freud me fez sentir um pouco menos envergonhado de minha condição em relação a isso. A ciência também serve para essas coisas. 
Mas tudo mudou. Eu nunca percebera antes, mas minha frustração em relação ao meu pau, às mulheres e a bosta de minha vida podiam ser canalizadas em outras coisas. Foi quase como minha primeira ereção, só que melhor e mais empolgante. Eu fiquei realmente excitado. Mas não é uma prática muito aceita e eu precisei ter cautela.
Agir com cautela significa esconder suas vontades. Esconder suas vontades significa agir de acordo com o que esperam de você. Viver de acordo com o que esperam de você significa viver exatamente como eu já vivia. Mas eu fiz melhor. Como estava feliz e empolgado com minha descoberta, realmente me dediquei àquelas coisas que sempre odiei. Elas pareceram até mesmo menos tediosas do que eram. Eu conheci the bright side of life. Eu vi bebês chorarem e as cores do arco-íris, que vida maravilhosa! Sim, até comecei a ouvir jazz e, embora não entendesse completamente, eu sentia sua beleza e alegria. 
Ah, a descoberta! Foi num domingo. Eu sempre tive depressão nos domingos, pois neles eu era obrigado a enfrentar a realidade de que eu trabalhava e trabalhava por um salário que eu poderia gastar para aproveitar os domingos, mas que ao contrário da expectativa eu desperdiçava lamentando que no dia seguinte eu voltaria a trabalhar num emprego que odiava. Mas nada de interessante nisso, quase todos que eu conhecia se sentiam do mesmo jeito em relação aos domingos, segundas e todos os outros dias da semana.
Mas aquele domingo foi diferente. Eu vivia sozinho em uma casa. Meus colegas diziam que era perigoso viver sozinho em uma casa por causa da violência e eles estavam certos, afinal já tinha sido assaltado duas vezes. Mas eu não dava a mínima, quero dizer eu tinha medo, mas eu tinha pavor de morar em apartamentos. Apartamentos obrigam interação social, obrigam que você veja pessoas nos elevadores, que você pergunte sobre o filho da vizinha do 102 para quem você não dá a mínima (afinal se você pega um elevador no décimo andar, os segundos até chegar no térreo são eternos e você precisar falar qualquer merda), obriga que você cumprimente o porteiro quando você sai... e quando você volta. É ridículo, artificial e deprimente. Em uma casa morando sozinho você pode pelo menos sofrer a vida em paz.
Chovia neste domingo. Passava jogo de futebol na TV, era final do campeonato de futebol. Eu gosto de futebol, mas como meu time já havia sido eliminado do campeonato eu nem liguei a TV e ao invés disso peguei uma cadeira e me sentei no jardim da frente de casa com uma garrafa de cerveja gelada (dava até pra ser um pouco feliz nos momentos de embriaguez) para ficar observando a rua vazia (em domingos de jogos importantes as ruas ficavam desertas). Eu escolhi o time errado, o deus errado, a profissão errada e aparentemente o pedreiro errado: o jardim da frente tinha uma cobertura de telhas. Eu havia tido problemas de goteira, por isso recentemente contratei um pedreiro para que resolvesse este problema. Acontece que agora que sento em minha cadeira no jardim eu percebo que ele não resolveu... De qualquer forma continuei sentado com as gotas caindo na minha cabeça, eu não estava dando a mínima.
Foi quando uma gritaria e barulhos de rojões quebraram o silêncio do deserto das ruas. De dentro das casas pessoas em êxtase comemoravam a conquista do título. Aquilo era deprimente para mim, nada me deixava mais triste que a felicidade alheia quando EU não podia estar feliz. Atravessando a rua apareceu um pequeno cachorro, acho que não era filhote, mas era pequeno. Um vira-lata branco com manchas marrons, ele tremia de medo com todo aquele barulho de rojões. Eu já estava um pouco bêbado e aquele cachorro me pareceu engraçado e me trouxe uma estranha felicidade dentro da alma. Acuado pelo medo ele acabou entrando em meu jardim. Foi quando percebi que o que me deixou feliz era seu medo. Aquele tremor, o pavor em seus olhos me deu um indescritível prazer. O cachorro veio até mim, ele achava que eu podia protege-lo de uma ameaça que só existia em sua cabeça. Eu estava bastante bêbado na verdade. Eu peguei o pequeno cachorro no colo e o levei para dentro de casa.
O cachorro tentava se esconder embaixo dos móveis e tremia muito. Eu comecei a gargalhar como uma criança e lembrei que tinha guardado alguns rojões para soltar quando meu time fosse campeão. Pra falar a verdade eu não sabia se eles ainda funcionavam. Estavam guardados há muitos anos dentro de uma caixa em cima do armário do quarto. Coloquei uma caixa de fósforos da cozinha no bolso e levei uma cadeira para o quarto para alcançar o topo do armário e pegar a caixa. Na primeira tentativa eu tropecei da cadeira e levei um baita tombo batendo as costas com força no chão. O cachorrinho ficou assustado com o barulho e foi até perto de mim. Olhei para ele e comecei a rir sem controle. Cara, como eu estava bêbado e feliz naquele momento! Tentei subir de novo na cadeira e consegui puxar a caixa. Ela estava toda empoeirada e me ocorreu que a faxineira provavelmente nunca tinha limpado encima daquele armário, “vagabunda!”, pensei, enquanto ria e olhava para os olhos assustados do cachorro.
Coloquei a caixa sobre a cama e retirei um rojão de dentro. Meu pai havia me ensinado a soltar rojões há muitos anos quando meu time fora campeão pela última vez. Acho que eu tinha uns dez anos. Minha mãe não gostava daquelas coisas, mas eu adorava. Foi a única vez que soltei em minha vida, mas não era algo que exigia muita técnica ou habilidade o que se evidenciava pelo fato de tantos imbecis estarem vagando embriagados pelas ruas da cidade soltando milhares de rojões para comemorar a conquista de seu clube. Aqueles babacas!
Eu acendi um dos rojões e apontei para o cachorro que corria pela casa assustado. Ele não sabia se se escondia embaixo da cama, ou se vinha procurar proteção perto de mim. O primeiro rojão explodiu com violência no canto da sala, a uns dois metros do cachorro. Você faz ideia do barulho que um rojão faz quando ele explode dentro de uma sala fechada? Cara, pensei que o cachorro ia morrer. Nunca tinha visto tanto medo quanto o medo que vi nos olhos daquele cão e nunca sentira tanto prazer em minha vida. Nunca estivera tão feliz.
Acendi um segundo rojão e tentei atirar contra o cachorro novamente, mas errei feio e acertei o sofá. Achei que ele ia entrar em chamas, mas nada demais aconteceu. Peguei um terceiro rojão e acendi, mas ele não disparou. Nesta hora fiquei muito irritado com a sorte do cão. Meio que sem pensar fui até a cozinha e peguei embaixo da pia uma garrafa de álcool. Eu estava tão bêbado que precisei me sentar no chão para conseguir pegar a garrafa. Quando o cão me viu sentado no chão foi correndo para o meu colo e se enrolou sobre mim buscando proteção. Seria comovente para muitas pessoas, para mim foi uma imagem patética. Aproveitei que ele estava lá e despejei a garrafa de álcool toda sobre ele, tomando cuidado para que eu também não me molhasse (mas acabei me molhando um pouco, eu não estava dando da mínima). Tirei o cachorro do colo, acendi um dos fósforos que estavam no meu bolso e lancei no cachorro encharcado de álcool. Foi quando vi um delicioso espetáculo de luz e sofrimento. O cachorro corria pela casa com seu corpinho ardendo em chamas, não tinha nada que ele podia fazer.
Bom, se não ficou claro pra você ainda, eu sou sádico. Eu não sabia disso até aquele domingo. E minha vida mudou para melhor. Aquele cachorro foi apenas o primeiro. Depois dele torturei e matei muitas aves, cachorros e gatos e até um cavalo. Eu tinha uma grande quantia de dinheiro guardada que eu não sabia para que usar. Comprei um pequeno sítio bastante afastado de tudo, que eu usava para levar animais e torturá-los. Além da vantagem de ser afastado, não era incomum aparecer animais no sítio já que ele ficava praticamente no meio da mata. Eu até aprendi a caçar para poder capturar animais da região que podiam ser usados para meu prazer. Disse aos meus colegas que me sentia bem em contato com a natureza e por isso comprei aquele sítio. Eles acreditavam e até invejavam minha bonita proximidade com a natureza. Eu continuei seguindo minha vida como antes, mas nunca trabalhara com tanto gosto, nunca tive tantos sorrisos. Meus colegas brincavam que eu estava apaixonado e de certa forma eles estavam certos. Eu me apaixonei pela vida, pois encontrei nela um sentido.
Mas dois anos depois de minha descoberta um sentimento de monotonia começou a tomar minha vida. Não que eu não me divertisse mais torturando aqueles animais, mas começou a ficar repetitivo, banal. Eu já sabia qual reação esperar depois de enfiar uma faca em qualquer lugar que fosse do corpo de um gato. Não sentia mais tanto prazer, parecia faltar algo. Foi quando comecei a cogitar ampliar as experiências. Me parecia cada vez mais fascinante pensar como seria torturar um outro tipo de animal, um ser humano.
Mas eu sabia que era muito perigoso. As pessoas não davam a mínima para animais, elas comem vacas e não estão nem aí. E pouco se importam com cachorros e gatos desde que não sejam seus cachorros e gatos e desde que eles não apareçam sendo torturados num vídeo do youtube. Pra ser sincero eu não gostava do sentimento de medo, da possibilidade de um detetive bater em minha porta perguntando sobre a morte de alguém. E com certeza isso nunca aconteceria enquanto eu continuasse matando animais não humanos. Mas eu precisava disso. Eu sentia até que podia morrer depois de fazer isso. E a ideia foi se maturando.
Depois de pesquisar bastante notícias de jornal descobri que era relativamente comum a tortura e assassinatos de mendigos para fins recreativos (afinal de contas eu não sou o único sádico do mundo), homens de rua sem nome e por quem ninguém se importava. Eram raros os casos em que o crime tinha punição. Em geral não havia nem investigação. A ideia pareceu boa e eu comecei a estudar o caso.
Durante alguns dias eu perdi horas andando pelas ruas da cidade atentando onde mais havia mendigos. Depois de semanas conclui que havia um beco isolado da cidade há pouco mais de um quilometro da ponte que dava para a região leste onde mendigos passavam suas noites. O bom deste lugar é que em geral só se encontravam no máximo três mendigos. Não teria muita tranquilidade se fosse num lugar cheio de mendigos, poderia ser perigoso.
Naquela noite resolvi executar meu plano. A ideia era torturar e assassinar o mendigo no próprio local. Se tivessem mais mendigos eu os mataria rápido, deixando sobrar apenas um com o qual eu poderia me divertir. Parecia um plano perfeito. Já se passava da meia noite quando estacionei meu carro próximo a ponte e fui caminhando até o beco. Eu sabia que não era muito seguro deixar o carro estacionado naquele local, àquela hora. No entanto, seria muito arriscado ir com o carro até o beco. Vejam bem, eu não sou um criminoso, mas tenho que pensar como tal se quiser satisfazer meus desejos. Era a parte que eu menos gostava, de ter que agir sorrateiramente, com cuidado para não ser pego, como um bandido. Eu queria que essa minha vontade fosse garantida pela constituição, embora eu compreendesse que havia motivos para que proibissem isso.
Eu fui andando rápido até o beco, já havia passado várias vezes por lá nas últimas semanas e embora nunca tivesse sofrido qualquer tipo de violência eu sabia que não era um lugar seguro, eu era exemplo disso. A rua que levava até o beco era escura e suja. Eu não dava a mínima. Eu estava determinado. Quando cheguei na boca do beco eu me dei conta de que havia esquecido os instrumentos que usaria para a diversão, uma enorme cagada! Percebi que estava bastante nervoso, mas ao mesmo tempo empolgado. Voltar e pegar a mochila era uma opção, mas pude ver neste momento que um dos dois mendigos que se encontravam naquele beco naquela noite havia percebido minha presença. Não havia tempo. Eu carregava sempre em meu bolso um canivete. Não era o melhor instrumento para se usar neste tipo de atividades, mas era o que eu tinha. E além do mais era um bom canivete. Um bom canivete azul que eu havia ganho de presente de meu vô. Meu avô era médico e lembrar disso na hora me pareceu irônico.
Como eu disse antes, a ideia era matar um mendigo e deixar o outro vivo para que eu pudesse torturar sem ser incomodado. Por isso eu fui em direção ao mendigo que notou minha presença, segurei-o de costas para mim e com o canivete eu cortei seu pescoço. Ele morreu bem rápido e eu me sujei um pouco de sangue. Aquilo me trouxe um enorme prazer, mas eu precisava de mais. Vi o outro mendigo caído no chão dormindo tranquilamente e por um momento achei que aquele meu canivete realmente não seria o suficiente para garantir toda a diversão, mas ainda assim decidi por não voltar, tinha medo de perder a oportunidade, que ele acordasse e fugisse. Teria que ser feito com o canivete. Era um bom canivete azul dado pelo meu vovô.
O mendigo estava dormindo e acordou com sua virilha sendo perfurada pelo canivete. Me deitei sobre ele e tampei sua boca enquanto enfiei a lâmina do canivete com certa delicadeza em sua virilha. Seus olhos de dor e terror! Oh, seus olhos, quanto prazer senti! Quando brincava com animais eu sempre tomava cuidado para evitar órgãos mais importantes ou artérias o que fatalmente reduziria o tempo de diversão, usei as mesmas técnicas com o mendigo e percebi que no final das contas não era tão diferente dos animais. Com a exceção de suas expressões, essas eram geniais e maravilhosas, muito melhor que nos outros animais. E quando eu o deixava falar? Suas súplicas, seu hálito de álcool implorando para que eu o matasse logo. Foi a melhor noite de minha vida. Não dei conta do tempo, passei a noite inteira torturando-o e quando percebi já começava a amanhecer. Junto com os primeiros raios de sol fui acometido de um enorme medo. Eu não estava sendo precavido. Era para eu ter voltado para o carro muito antes, mas não podia prever que teria tanta diversão.
Terminei com a vida do mendigo que já há algumas horas só se sustentava por um fio, foi um alívio para ele, claro. Não era como eu havia planejado. Em geral, eu não dou um último golpe de misericórdia, eu torturava até que os animais não aguentassem mais e morressem da própria tortura. Mas desta vez eu não tinha opção. Guardei o canivete e fui a passos rápidos em direção ao local onde havia estacionado o carro. Enquanto andava eu percebi que minha roupa estava toda molhada. Eu estava suado e todo molhado de sangue. Eu estava ofegante e cansado, a tortura havia tirado toda minha energia. Aquele quilometro até o carro me pareceu uma trilha sem fim. O sol ficava forte rápido e já se ouvia o barulho do movimento da manhã. Eu estava ferrado.
A luz do sol me evidenciava, parecia um zumbi que acabara de devorar sua vítima. Euqueria entrar no carro e voltar logo para casa. Todo o prazer que sentira aquela noite havia sido substituído por medo. Quando cheguei no estacionamento ao lado da ponte eu não pude ver o meu carro. Não poderia, ele não estava lá. Eu estava fodido! Entrei em desespero. Eu estava com muito medo. As ruas da cidade ainda estavam vazias, poucos haviam saído para o trabalho. Lembrei subitamente que dentro de uma hora eu também teria que estar saindo para o trabalho.
Foi quando vi que talvez Deus não me odiasse. Não, Deus me amava, pois ele me mostrou o sentido da vida e agora a salvava. Deus estava de acordo com minha vida, Ele só queria minha felicidade. Eu estava feliz e a partir deste dia me tornei um homem religioso. Um sádico religioso, pois Deus me mostrou que não havia contradição nisso. Eu estava livre a aliviado. Vi que meu carro na verdade estava parado no lugar onde o deixei, um milagre! Um minuto atrás ele não estava lá, eu tenho certeza disso. Entrei no carro e fui direto para casa. Se demorasse alguns minutos a mais encontraria as ruas entupidas de estúpidos trabalhadores indo ganhar seu pão.
Cheguei em casa sem problemas. Tomei um banho, me livrei das minhas roupas e me arrumei para o trabalho. Eu estava feliz! Cheguei adiantado na empresa. Fui até a máquina de café, lá estava João, um de meus colegas.
- Chegou mais cedo hoje.
- O tráfico ajudou – respondi.
- Você está muito bem, parece estar bastante feliz. Diga, quem você comeu esta noite? – disse rindo.
- Esta noite, João, eu conheci a Deus.







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